monica burich no studio da warner bros

ESCLARECIMENTOS

Este material não fazia parte da realidade do meu momento atual, tornou-se aos poucos um grande sonho, que trouxe para minha vida esclarecimentos e elucidações. Por isso decidi compartilhar com outras pessoas a grande experiência que foi essa viagem a o mundo de Smallville.
Minha principal meta é apresentar um material para que os leitores tirem suas próprias idéias e deduções partindo do meu ponto de vista.
Deixo explicitamente transparente que não me julgo uma grande entendedora dos assuntos específicos de cada episódio. Mas, tenho um enorme encanto e constante interesse por esses temas. Me considero uma curiosa e uma amante insaciável de múltiplas áreas. Quero acrescentar também, que meu conhecimento e credenciais profissionais não abarcam essa gama profunda de assuntos. Para me tornar uma melhor conhecedora, apenas me deixei seduzir com o seriado Smallville e me dediquei a pesquisar cada vez mais um grande número de áreas do saber.
Para iniciar esta obra contei com a ajuda de várias pessoas que me motivaram a seguir em frente, com apoio e, sempre me preenchendo de energia, através do mais nobre dos relacionamentos: O de mestre e aluno.

domingo, 14 de setembro de 2008

QuartaTemporada - Episódio 20

· Episódio “Ageless” (4.20)
Lana e Clark estão passando por uma estrada quando uma luz extremamente brilhante surge em sua frente, acompanhada de um tremor. Eles param o carro para ver, encontrando uma cratera. Lana escuta o choro de um bebê vindo da cratera e vai buscá-lo. Após descobrirem que o serviço social não tem lugar para acolher o pequenino, Clark decide levá-lo para casa. Lana se oferece apara ajudar a cuidar do bebê, por se identificar com ele, sendo um órfão também, ela começa a ficar muito apegada a criança , que deram o nome de Evan. De repente as luzes da casa de Clark começam a piscar e eles percebem que Evan está no meio de uma imensa claridade e ele era o foco da luz ostensiva, toda essa luminosidade tomou conta do ar atmosférico. Evan teve um súbito crescimento acelerado, passando de bebê para um menino de 7 anos.
Clark conversa com seus pais para decidir o que fazer com o menino, pois teme que ao levá-lo a um médico ele acabe internado em Bellereve, como uma aberração, fruto de meteoros. Ele acaba preferindo arriscar em levá-lo para o laboratório de Lex, pois seus cientistas já tem experiência sobre os efeitos dos meteoros.
Lana passa a noite no celeiro com ele, descobrindo que Evan leu todos os livros de Clark na virada da noite, deixando todos muito impressionados com ele. Clark vai até o Loft para pegá-lo para levar até o laboratório, quando encontra os dois combinando sair e fica desarmado com as palavras do pequeno Evan:
Evan – “Papai! Mamãe está me levando para ver um moinho de verdade, quer vir?
Clark - Escute... nós não somos seus pais verdadeiros.
Evan - Todos devem ter um pai e uma mãe, e eles supostamente amam muito um ao outro, como você e Lana.
Lana - Clark e eu nos preocupamos muito com você, Evan. É isso que importa.
Even - Se vocês não são meus pais, onde eles estão?
Lana - Nós não sabemos, mas onde quer que eles estejam, tenho certeza que eles o amam muito.
Ao chegarem ao laboratório de Lex, seus cientistas descobrem que Evan está no meio de um processo de armazenar energia, como uma bateria se carregando e seu corpo é um tipo de reservatório, até que atinja energia suficiente para uma explosão, resultado de uma rápida divisão molecular. Por isso Evan cresce tão rapidamente. A única coisa que poderia freiar essa aceleração de crescimento anormal, seria um transplante de medula. Como a mãe aparentemente morreu ao dar a luz, é necessário encontrar o pai. Evan tem então outro crescimento, ficando com a aparência de um adolescente. Assustado, ele pede a Clark para levá-lo para casa, mas ele entendeu que está prestes a morrer, caso seu pai não seja encontrado.
Clark com ajuda de Chloe, rastreia uma ligação para 190, chegando até o celular de Tanner Sutherland e seu respectivo endereço. Ao procurá-lo, Tanner diz que o filho não é dele. Clark pede ajuda, explicando que a vida do rapaz depende disso. Tanner se recusa a colaborar, alegando que Evan é um tipo de monstro.
Voltando para casa inconformado, Clark conversa com seu pai, não entendendo como alguém é capaz de fazer isso com seu próprio filho. Jonathan não julga Tanner por seus atos, mas se preocupa com Evan:
Jonathan – “... Mas o que é mais importante agora é o que vamos dizer a Evan.
Clark - Talvez seja melhor que eu não o diga que encontrei seu pai. Ele vai ficar bastante abalado.
Clark - Filho, um filho abandonado têm todo direito de saber suas origens. Você deveria saber disso mais que ninguém”...
Evan escuta a conversa deles e vai procurar seu pai biológico. Em meio a uma discussão com Tanner, Evan o joga em cima de ferros que atravessam seu peito e o matam, perdendo sua única chance de tentar se salvar. Desnorteado por ter assassinado seu pai e sentir que uma nova explosão molecular está prestes a acontecer, pede a Lana para levá-lo para ver o moinho que ela falou, antes de chegar o momento de sua morte.
Lex previne Clark que essa explosão poderá ser a última e liberará tanta energia, que destruirá tudo a sua volta.
Através do site do instituto de energia, Clark consegue o mapeamento de áreas afetadas com alterações da potência energética da cidade, conseguindo localizar Evan e Lana. Subindo no moinho, Clark pede a Lana para sair dali esse abrigar, e ele permanece ao lado de Evan em seus últimos momentos:
Evan – “Fico feliz que tenham sido você e Lana que me encontraram.
Clark - Eu acho que você que nos encontrou.
Evan - Está acontecendo, eu posso sentir. É melhor você ir.
Clark - Não. Evan, não vou abandonar você.
Evan - Eu queria que você tivesse sido meu pai, Clark.
Acontece a multiplicação celular, onde Evan envelhece no meio do forte clarão, fazendo tudo ir pelos ares.
Lana ficou muito abalada com mais uma perda em sua vida, principalmente que em meio a tantos problemas viu em Evan um propósito para viver. Ambos avaliam a morte e a vida, como tudo é efêmero e pode se esvair de uma hora para outra. O questionamento da transiência da existência e da finitude da cosias faz Clark e Lana reavaliarem suas posturas, chegando a conclusão que podem estar deixando de aproveitar os bons momentos da vida.
Clark –“Ele viveu por pouco tempo, mas parece que nos afetou como se o conhecêssemos a vida toda.
Lana - Clark, nós achamos que temos todo o tempo do mundo, que vamos viver para sempre, mas não é verdade.
Clark - Eu acho que devíamos aproveitar o máximo o tempo que temos, antes que seja tarde demais.
Jonathan conversa com seu filho, para tentar viver esse momento com mais sabedoria e não encarar seu esforço como algo desprovido de utilidade, ajudando-o a analisar esse “pós-morte”.
“Dedicar um dia a lembrar os mortos pode nos ajudar a viver com mais humanidade e a optar de novo pela vida. Por eles, por nós mesmos e pela geração que a nós se seguirá.” (Monge beneditino Marcelo Barros)
Clark relê sua conduta passada, e avalia o que isso poderia ter gerado a seus pais:
Jonathan – “ Você fez tudo que pôde, Clark. Tenho certeza que Evan sabia disso.
Clark - Todas vezes que eu fugi, desapareci ou quase morri... como vocês lidam com isso?
Jonathan - Não é fácil, Clark, mas é um mal necessário. Entenda, o maior medo de todo pai é que algum dia ele vá perder seu filho para sempre.
Clark - Parece que criar uma criança é o trabalho mais difícil do mundo.
Martha - É também o mais recompensador.
Jonathan - Não há nada como, ver seu filho, crescer e se tornar um jovem de quem você se orgulha muito.
Clark - Que pena que eu nunca saberei como é.
Martha - Por quê não?
Clark - Sou de outro planeta. Não sou nem humano. Quem sabe se eu posso ter filhos?
Martha - Clark, seu pai e eu não pudemos ter uma criança. Mas ainda assim fomos abençoados com um filho.
Você nunca sabe o que o futuro o aguarda.”
Clark e Lana foram pegos desprevenidos com a incumbência de se tornarem pais de uma hora para outra. Os casais normalmente tem a oportunidade de se adaptarem a chegada de uma criança em suas vidas durante os nove meses de gestação, se preparando psicologicamente para a responsabilidade. Mesmo os casais que optam pela adoção tem o tempo deles para maturarem a decisão. Lana e Clark não tiveram essa chance de se aprontar para a chegada dessa criança, mas o acolheram de braços abertos e deixaram o bebê fazer parte de suas vidas. Foi um curto período de tempo que Evan viveu, mas criou um elo de amor ainda forte entre eles, transformando esse amor em algo ainda mais pleno. Além do fato da criança servir como um preenchimento de uma vazio que Lana e Clark sentiam, eles se identificaram com Evan com sua situação de órfão e seu abandono. Tanto Clark, Lana e até Evan ainda eram bebês quando perderam seus pais, mesmo assim o sentimento de abandono é muito presente. Todos eles viveram uma história anterior à adoção. Clark demonstra sua maturidade ao colocar para Lana que essa história deve ser respeitada por fazer parte dele, e ao aceitarem em suas vidas eles precisam levar em conta que estarão sempre ligados aos pais biológicos de Evan, pois foi graças a eles que essa criança veio ao mundo. A postura de negar-lhe este fato, é não aceitar parte da história de vida de Evan, é não aceitá-lo como é. Independente de seu genitor tê-lo abandonado no campo Evans, Clark mostra para Lana que eles não podem julgar o pai do bebê como uma pessoa má porque foi capaz deixá-lo desamparado, aviltando sua figura. Essa abordagem é rebaixadora para a criança, podendo fazer Evan se sentir menos digno, devido a sua origem.
Quando Clark descobre o paradeiro do pai biológico de Evan, Jontahan expõe a eles a importância de falar a verdade, mesmo com a delicada situação dele não querer reconhecer a paternidade, a história não deve ser omitida ou mudada, por respeito a criança. Eles devem é oferecer apoio e se mostrarem disponíveis para compartilhar suas dificuldades. Jonathan enfatiza que eles podem não ter como mudar o passado, mas podem fazer toda a diferença no futuro.
“Adotar é reconhecer no filho gerado por outros, nosso filho. Olhar em seus olhos à procura não de uma cor conhecida, um formato herdado, mas o brilho do olhar de quem é amado e reconhecido como ser único.Adotar é doar seu tempo, doar seu espaço, é pensar naquele ser tão indefeso antes de pensarmos em nós mesmos, é uma sucessão de atitudes solidárias... Amor se constrói e nasce da vontade e do desejo de amar, nada tem a ver com o sangue”. (Gabriela Schreiner)
Após a morte de Evan seus pais conversam com Clark, ressaltando seu orgulho ao ver seu filho após superar tantas dificuldades se tornar um jovem extraordinário e fala isso para Clark exalando felicidade. Clark amadureceu e segue avante, com confiança e dignidade, enfrentando o seu dia-a-dia com grande espírito de solidariedade e força para entrar nessa batalha de "reavivamento" da esperança, mostrando ter um lindo arco-íris em sua alma, que o levará a um tesouro inestimável. Clark é o Diamante do Universo. Lapidá-lo não tem sido fácil mas Jonathan vai notando o seu cintilar e, já pode vislumbrar seu futuro brilhante.
A conversa também aborda o tema da morte de Evan e seus pais tentam fazer da morte um aprendizado.
Se a nossa cultura não nos ensina a aceitar a morte, é preciso quebrar esse tabú. Não se pode continuar a se iludir com a falsa sensação que tudo é eterno, mesmo em culturas que encaram essa passagem apenas como uma jornada, é preciso aceitar discutir esse assunto como outro qualquer, principalmente porque é algo inevitável, nem o “super” conseguiu impedir, por isso Clark não poderia se sentir culpado. É importante encarar a situação e todos os significados que ela traz, tanto para quem vai partir como também, para os que permanecem.
E para terminar a análise desse episódio, que retrata de uma forma sublime a importância de se amparar quem esta chegando ao seu fim, fazendo de sua passagem um ato de amor e dedicação, como vemos Clark não deixar Evan descartar seu corpo sozinho, confortando-lhe para emancipar a sua alma, deixo as palavras de Betinho: “ A cultura ocidental moderna não só passou a ignorar a morte, como tenta negá-la, sob todas as pessoas e com todos os artifícios. Poucas são as pessoas que enfrentam a morte como seu cotidiano como algo natural. Na nossa cultura, morte não existe.” (Herbert de Souza)

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